terça-feira, 11 de outubro de 2011

Senador diz que projeto dos royalties só passa no Senado com R$ 9 bi para não produtores

Para viabilizar a aprovação do projeto de lei que partilha igualmente entre todos os estados e a União os recursos dos royalties da exploração de petróleo, governo e parlamentares terão que garantir recursos da ordem de R$ 8,5 bilhões a R$ 9 bilhões a serem divididos entre os estados e municípios não produtores. O autor do projeto de lei em análise no Senado, Wellington Dias (PT-PI) – que integra a comissão de deputados e senadores que tenta encontrar uma solução para o problema – disse que "para ter maioria na votação da matéria, no Senado, é preciso garantir esses valores, caso contrário o projeto não será aprovado".
Ele acrescentou que aplicando somente a proposta do governo de abrir mão de 4% na parcela que recebe das petroleiras a título de participação especial e de reduzir de 30% para 20% sua parcela dos royalties, os estados e municípios não produtores teriam garantidos para 2012 cerca de R$ 6 bilhões. Quanto à proposta do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), de a União reduzir de 46% para 40% na participação especial ainda não há consenso.
O petista defende que para conseguir o dinheiro que permita a União receber em torno de R$ 9 bilhões, os não produtores, R$ 8,5 bilhões e os estados e municípios produtores, R$ 12 bilhões, no ano que vem, terá que se levar em conta o crescimento na extração de petróleo registrado, desde o ano passado, e a expectativa de se chegar a 2012 com uma produção dia de 2,4 milhões de barris.
Para encontrar uma proposta viável, o parlamentar disse que técnicos do Senado, especializados no assunto, vão analisar questões específicas como as alíquotas adequadas para cada ente federativo. Ele ressaltou, por exemplo, a necessidade de se rever o repasse da participação especial aos municípios produtores. Segundo Wellington Dias, para algumas dessas cidades a participação especial é muito representativa, mas para outros não, pois têm os recursos do royalties como a base de seus orçamentos.
Por outro lado, os técnicos trabalham também na elaboração de um texto sob o aspecto da constitucionalidade. Os senadores e deputados encarregados de negociar com a União querem ter em mãos um projeto de lei que não seja questionado futuramente no Supremo Tribunal Federal (STF), seja por estados e municípios produtores ou os não produtores, disse o parlamentar.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse que tem conversado permanentemente com o relator da matéria Vital do Rêgo (PMDB-PB). Ele reconheceu que a preocupação do colega paraibano é fechar os números nos repasses dos royalties e da participação especial para a União e estados produtores e não produtores. Já o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que acompanha de perto as negociações, disse que "a liderança da presidenta Dilma Rousseff", neste momento, será fundamental para viabilizar as negociações.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Deputados vão lançar defesa ao voto aberto na terça-feira

Objetivo é pressionar presidência da Câmara a colocar em pauta PEC que aguarda para ser votada desde setembro de 2006
 O Congresso Nacional, em Brasília (Laurent Giraudou)
A Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto será lançada nesta terça-feira, às 16 horas, no salão nobre da Câmara dos Deputados. A iniciativa já conta com a adesão de 191 deputados e objetiva pressionar a Presidência da Câmara para que entre em pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o voto aberto no Parlamento.
A PEC aguarda para ser votada na Câmara desde setembro de 2006, quando foi aprovada em primeiro turno por unanimidade. "A população tem o direito de saber como vota o seu parlamentar em relação a todas as matérias. Em nome do interesse público, da democracia, da transparência e do respeito à cidadania brasileira, não dá mais para prorrogar essa votação", destaca o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), organizador da frente.
Entre os convidados para o lançamento da iniciativa estão representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outros.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Mansões são construídas em áreas do Incra destinadas a famílias carentes

Em um pedaço da Bahia, a água doce e o mar salgado quase se encontram em quilômetros de praia deserta e coqueiros. Mas, se você prefere o campo, existem boas opções: sítios com piscina e ampla área de lazer em Mato Grosso. O que essas terras têm em comum, além de serem ótimos lugares para curtir a vida? Tudo foi construído em áreas destinadas pelo governo a famílias pobres. São terrenos para assentamentos, pagos com dinheiro público.

Cumuruxatiba, no sul da Bahia, é um distrito do município de Prado, que fica a 800 quilômetros de Salvador. Foi lá que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra, criou um assentamento há mais de 20 anos.


Leia a íntegra da matéria no site do Fantástico

Meu filho, você não merece nada!

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada.

Por ELIANE BRUM

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Votar a reforma política é forma de homenagear Itamar, diz Marco Maia

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Médicos e dentistas fraudam plantões para receber sem trabalhar

O Fantástico apresenta uma reportagem especial que vai causar indignação. Vamos falar de médicos e dentistas pagos com o dinheiro do seu imposto que não apareciam para trabalhar. Esta semana alguns deles já foram presos. O Fantástico revela como funcionava esse esquema cruel que deixava a população sem atendimento médico.

Mais de 70 profissionais de saúde investigados, na capital e no interior de São Paulo. A suspeita: desvio de dinheiro público. Segundo as investigações, a maioria recebia salário, mas simplesmente não aparecia para trabalhar nos plantões.

Por telefone, alguns admitem a fraude. 



Leia a íntegra da matéria no site do Fantástico

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Funções do celular - o Sinergia testou!

Com o passar dos anos, o celular tem se tornado o melhor amigo do homem. Ninguém consegue mais se ver longe dele nem mesmo um minuto se quer. Esse, que antes era apenas usado para ligações, agora pode conectar na internet, ser usado como GPS, aparelho de música, armazenamento de arquivos e até mesmo salvar a sua vida em situações de emergência. Como? É simples!

Em caso de emergência, se o celular não estiver na área de cobertura, digite o número 112 e ele se conectará com qualquer operadora possível para te enviar um número de emergência. O melhor disso é que o número 112 pode ser digitado mesmo com o teclado do celular bloqueado.

Mas também, infelizmente, com o crescimento de pessoas com celulares, também há o aumento de furtos dos aparelhos que muitas vezes serão utilizados em presídios para aplicar golpes em cidadãos, como aquele famoso “golpe do sequestro” em que bandidos ligam em seu telefone e forjam o sequestro de algum familiar.
Para precaver furtos de telefones, também há um código. Disque *#06# e em seguida um número de 15 dígitos aparecerá na tela, este é o número de série do seu celular, anote-o e guarde-o. Caso o aparelho tenha sido roubado, ligue para a sua operadora e informe a atendente e dê esse código. Eles bloquearão o seu celular e o ladrão não conseguirá fazer uso do aparelho.

Outro caso de emergência em que o celular pode te ajudar é quando alguém deixa a chave dentro do carro. Mas isso apenas funcionará se ele tiver um controle remoto de alarme de reserva. Caso você trancar seu carro com a chave dentro e o controle reserva estiver em sua casa, ligue pelo seu celular para o celular de alguém que esteja em sua casa. Segure seu aparelho cerca de 30 cm próximo à porta de seu carro e peça que a pessoa acione o controle reserva, segurando próximo do celular dela. Com isso, o seu carro destrancará, evitando ter que chamar alguém para ajudá-lo e ter que gastar dinheiro chamando o socorro.

Não importa a distância entre as pessoas, afinal isso acontece por conta da Rádio Frequência.

Ainda tem dúvidas de que o seu celular pode fazer muito mais do que ligações? Não acredita? Faça o teste!

"Todos usam o SUS"

14ª Conferência Nacional de Saúde e a 6ª Conferência Municipal de Saúde de Sorocaba têm como tema "Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social – Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro”. A cidade realizou no dia 14 uma pré conferencia com o intuito de ouvir sugestões e apontar quais as necessidades de cada região de Sorocaba.

As pré-conferências foram realizadas em seis colégios municipais e cada um representava uma região da cidade. As discussões foram das UBSs (unidades básicas de saúde).

A coordenadora geral da Conferência Municipal de Saúde, Liliane Maria Guimarães Pinho, explica que há várias diferenças entre as regiões da cidade, baseadas em critérios como demografia, faixa etária e condições sociais: “Quanto mais velhos, por exemplo, mais problemas de saúde, alguns crônicos, como diabetes, hipertensão, fraturas, entre outros”, aponta.

A Conferência Municipal de Saúde de Sorocaba, que ocorre a cada quatro anos. A 6ª Conferência Municipal de Saúde de Sorocaba devera acontecer nos dias 3, 4 e 5 de junho.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Estacionamentos de shoppings: pagar ou não?

A lei publicada no "Diário Oficial do Estado de São Paulo" no dia 24/11/2009 determina gratuidade do estacionamento em shoppings de São Paulo para clientes que comprovem despesa de pelo menos dez vezes o valor da taxa. Exemplo: se o estacionamento custa R$ 3,00 você deverá gastar no mínimo R$ 30,00. Essa lei está em vigor e vale para estabelecimentos de todo o Estado.

Seu projeto foi apresentado em 2007 pelo deputado estadual Rogério Nogueira (PDT). Na ocasião, ele justificou a medida afirmando que a população era "particularmente prejudicada" pela necessidade de pagamento da taxa, por já ter "consumido valores significativos" nos shoppings.

De acordo com a lei, a comprovação das despesas deverá ser feita por meio de notas fiscais com data e todas devem ser do mesmo dia em que o cliente usou o estacionamento do shopping. O benefício vale para clientes que permanecerem por, no máximo, seis horas no shopping.

Íntegra da lei nº 13.819/09:

Artigo 1º: Ficam dispensados do pagamento das taxas referentes ao uso de estacionamento, cobradas por "shopping centers" instalados no Estado de São Paulo, os clientes que comprovarem despesa correspondente a pelo menos 10 (dez) vezes o valor da referida taxa.
§ 1º: A gratuidade a que se refere o "caput" só será efetivada mediante apresentação de notas fiscais que comprovem a despesa efetuada no estabelecimento.
§ 2º: As notas fiscais deverão, necessariamente, datar do mesmo dia em que o cliente fizer o pleito de gratuidade.
Artigo 2º: A permanência do veículo, por até 20 (vinte) minutos, no estacionamento dos estabelecimentos citados no artigo 1º deverá ser gratuita.
Artigo 3º: O benefício previsto nesta lei só poderá ser percebido pelo cliente que permanecer por, no máximo, 6 (seis) horas no interior do "shopping center".
§ 1º: O tempo de permanência do cliente no interior do estabelecimento deverá ser comprovado por meio da emissão de um documento quando de sua entrada no respectivo estacionamento.
§ 2º: Caso o cliente ultrapasse o tempo previsto para a concessão da gratuidade, passará a vigorar a tabela de preços de estacionamento utilizada normalmente pelo estabelecimento.
Artigo 4º: Ficam os "shopping centers" obrigados a divulgar o conteúdo desta lei por meio da colocação de cartazes em suas dependências.
Artigo 5º: Esta lei entra em vigor na data de sua publicação


E para quem ainda não sabe: deve ser gratuita a permanência por tempo inferior a 20 minutos. O período será comprovado a partir do documento emitido no momento da entrada do veículo no estacionamento. Ultrapassando esse tempo, o valor terá que ser efetuado de acordo com a tabela de preços do estabelecimento.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Lei homofóbica em Uganda é barrada

A África concentra o maior número de países com leis antigays no mundo. São 36 nações, mais da metade do continente, que proíbem legalmente o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Em quatro países, sendo eles Mauritânia, Nigéria, Sudão e Somália, aplicam a pena de morte para quem infringe a norma. Esse número poderia aumentar se Uganda aprovasse a pena de morte para a prática do homossexualismo.

Ser gay em Uganda é perigoso e aterrorizante, pois eles são frequentemente assediados e espancados. Há alguns meses, o ativista de direitos gays, David Kato, foi brutalmente assassinado em sua casa. Agora, os ugandenses homossexuais são ameaçados pela lei que impõe prisão perpétua a pessoas que tem relação com o mesmo sexo. Amigos e familiares de homossexuais podem ser condenados a até sete anos de prisão se não informarem a existência de gays às autoridades, proprietários de imóveis poderão ser detidos por alugar casas para homossexuais e até pena de morte para “ofensores sérios”.
O presidente Museveni já havia desistido desta lei no ano passado após a pressão internacional ameaçar o suporte e auxílio a Uganda. Com protestos violentos varrendo as ruas, seu governo está mais vulnerável que nunca.

A lei estava prestes a ser aprovada, extremistas religiosos tentaram aprovar a lei no dia 12 de maio (quarta-feira). Sob a intensa pressão global (petição com 1,69 milhões de assinaturas entregue ao parlamento, dezenas de milhares de ligações para o governo e centenas de reportagens na mídia sobre a campanha realizada pela Avaaz e outras ONG’s), o porta-voz do parlamento ugandense bloqueou a votação da lei homofóbica na sessão de emergência. O parlamento fechou a lei e foi apagada dos livros. Isso não significa que será banida para sempre, mas para ser considerada novamente, teria de ser introduzida como uma nova lei e passar por todo um processo parlamentar.

Mais um passo foi dado rumo à igualdade e à liberdade. 

Maconha: sim ou não?

(Foto: Daniela Noronha)

No dia 7 de maio aconteceu a Marcha da Maconha em Vitória, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além de grande participação popular, o evento contou com a presença de figuras públicas como Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas Rock Clube, e reabriu o debate sobre a legalização ou descriminalização da maconha na sociedade brasileira.
A discussão é longa e cada parte tem seu ponto de vista. Para os apoiadores da descriminalização da maconha, seja para uso pessoal ou medicinal, se apoiam em argumentos como a diminuição da taxa de criminalidade, tendo em vista que o tráfico, e tudo o que gira ao redor perderia a força e grande parte do dinheiro gerado. Outro fator apresentado por seus militantes é o fato da droga ser menos viciante, embora tenha mais substancias cancerígenas, que o café e mate menos pessoas no mundo que o álcool e o cigarro, tendo em vista que a OMS (organização Mundial da Saúde) estima que, por ano, cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem no mundo por causa do álcool e 200 mil por ano no Brasil morram vitimas do cigarro, enquanto para a maconha não há dados suficientes para completar uma pesquisa sobre suas vitimas pelo fato do número ser mínimo.
Já para os que são contra a legalização, um dos argumentos é o risco de câncer de pulmão, embora não haja nenhuma relação comprovada entre eles. Alguns ainda se apóiam no fato de que, na Holanda, país onde a maconha é legalizada em pubs e casas especificas para o consumo, a taxa de usuários cresceu de 3% para 12% após a legalização, sem levar em consideração que nos EUA, após a criminalização, a taxa de usuários, alunos do 2º Grau, saltou para quase 50%. Outros argumentos, não fundamentados em pesquisas ou dados, é o da destruição familiar causada pela droga.
Algumas verdades e mentiras sobre a maconha
Verdades:
Maconha pode causar câncer de pulmão: alguns estudos sustentam que a maconha mais do que a nicotina pode iniciar alterações cancerígenas em células do pulmão.
Não prejudica o feto: não há nenhuma comprovação de que o consumo materno de maconha faça mal ao feto, segundo a OMS.
Não atrapalha a performance de desportistas: atletas como jogadores de futebol que fumam até três cigarros de maconha por dia não apresentam nenhuma diferença de capacidade respiratória em relação aos que não fumam.
E mentiras:
Maconha vicia mais do que cigarro e álcool: 90% das pessoas que usam maconha na juventude param de fumar por volta dos 30 anos. Quem experimenta cigarro e álcool continua a consumí-los por muito tempo ou toda a vida.
Destrói a atenção, a memória e a capacidade de aprender: as pesquisas negam o clichê do maconheiro sonhador e distraído. Fumar ou não produz diferenças mínimas.
É mais fácil parar de beber do que parar de fumar maconha: a abstinência de cannabis pode gerar na pior das hipóteses insônia, ansiedade e sintomas semelhantes aos de um resfriado.
Não existe maconha de laboratório mais forte e viciante: pacientes que procuram centros de desintoxicação permitem observar que isso está de fato acontecendo.
Fonte: Revista ISTOÉ de 25 de Fevereiro de 1998.

Confira mais fotos da Marcha da Maconha clicando aqui.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Rodovia que liga Sorocaba com Itu será duplicada

A rodovia SP-79, que liga Sorocaba a Itu, enfim vai ser duplicada. Os projetos executivos de duplicação do trecho de 22,4 quilômetros, entre os km 48,2 e km 70,7, o trecho corta os bairros Éden e Cajuru da cidade.

Os moradores dos bairros comemoram a duplicação, já que vêm pedindo isso há anos para a prefeitura da cidade.

A obra será realizada com recursos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). A estimativa é que a intervenção custe R$ 23 milhões.

Segundo a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB), a obra vai levar cerca de um ano para começar, o que deve acontecer assim que houver a liberação do dinheiro. “Sabemos que a liberação do dinheiro demora cerca de um ano. Então, a expectativa é de que as obras comecem no início de 2012”, afirmou a deputada.

A deputada garante, entretanto, que uma possível municipalização não interfere e nem deve adiar ainda mais o início da duplicação, já que primeiro será feita a obra e, se a ideia for aprovada pelo governo estadual, a Prefeitura assume a via já revitalizada.

Borssato: "não houve ato de improbidade administrativa"

Após ter sido cassado, durante seu mandato em Tatuí no ano de 2004, por compras irregulares de combustíveis pela a prefeitura (num valor de aproximadamente R$ 3 milhões), Ademir Signori Borssato é novamente um dos nomes mais citados na região. Na época, sobre o ocorrido, o ex-prefeito disse pelos seus advogados: "não houve ato de improbidade administrativa, uma vez que não houve perda de patrimônio, desvio, apropriação, dilapidação de bens públicos ou, ainda, qualquer vantagem de natureza pessoal" e pediu o requerimento da ação da cassação.
A 13ª Câmara de Direito Público, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, negou o recurso à ação popular contra Borssato. A sentença original permanece, ainda assim o ex-prefeito terá de devolver os R$ 30 mil (valor que alegaram ser das ações irregulares na época) aos cofres da cidade.  Os advogados de defesa recorreram ao processo de improbidade administrativa e o tribunal afirmou que “meras irregularidades que não autorizam a aplicação das graves sanções previstas na Lei de Improbidade” e julgou improcedente a acusação. Para os julgadores, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) não tem provas suficientes de que o ex-prefeito tentou burlar a lei. Com isso, o Tribunal nega que Borssato tenha cometido improbidades no final do mandato.
Vale lembrar que, no mandato do ex-prefeito, as contas da cidade se encontravam em estado de emergência, com salários dos funcionários públicos atrasados.
Os advogados de Borssato continuam afirmando que ele voltará em 2012 como candidato mesmo respondendo por outros processos além desses. Segundo eles, nenhum dos processos se enquadraria na “Ficha limpa”.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ministério apura mortes em hospitais psiquiátricos da região de Sorocaba

O Ministério da Saúde abriu processo para investigar o alto índice de mortes nos hospitais psiquiátricos da região de Sorocaba. A comissão especial foi formada por iniciativa do vereador Izídio de Brito, com base em estudo realizado pelo Flamas.

Os hospitais psiquiátricos privados da região de Sorocaba registraram 459 mortes de pacientes entre 2006 e 2009. O total de óbitos corresponde a um coeficiente de 16,5 mortes para cada 100 leitos - a média dos hospitais psiquiátricos públicos do Estado são de 6,5 mortes para cada 100 leitos, conforme estudo divulgado pelo Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba (Flamas).

A comissão esta investigando as condições dos internos e acompanhar o tratamento dado aos doentes e também está ouvindo familiares de pacientes que morreram nos hospitais. O secretário de Saúde de Sorocaba, Milton Palma, pediu afastamento do cargo por 90 dias, depois de ter sido revelado que ele é sócio de três dos hospitais investigados.

Representantes do Ministério da Saúde e procuradores já visitaram dois dos sete hospitais da região e encontraram irregularidades. O relatório vai ser apresentado nos próximos dia.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Câmara de Sorocaba devera ter mais 5 vereadores

O aumento populacional verificado pelo Censo 2010 do IBGE faz com que boa parte dos municípios brasileiros comece a articular um novo aumento no número de vereadores a partir de 2013.

Como a Constituição federal determina que a quantidade de representantes nas Câmaras municipais deve ser proporcional ao número de habitantes de cada cidade e a população de Sorocaba, segundo o IBGE, é estimada em 586.311 habitantes as cadeiras aumentarão de 20 para 25, pois a lei permite que cidades com população entre 450 e 600 mil habitantes podem ter ate 25 vereadores.

Segundo o jornal Bom dia Sorocaba, os gastos aumentaram cerca de R$ 1,6 milhão.Até o momento a única certeza é de que, com cinco vereadores a mais, haverá um aumento de despesas estimado em R$ 1,6 milhão. Atualmente, o salário de um vereador em Sorocaba é de R$ 8.398.75. Além disso, ele possui um chefe de gabinete e também quatro assistentes parlamentares. A remuneração do chefe de gabinete é de R$ 4.148,00 e do assistente parlamentar de R$ 3.318,39. Cada vereador tem ainda algumas regalias, como um carro oficial à disposição e a possibilidade de abastecer o veículo o quanto quiser.”

Bruno Reis, 18 anos, Técnico em Radiologia, considera isso um gasto desnecessário. “Esse governo nunca tem dinheiro para gastar com a população, por exemplo, em segurança e saúde, mas para gastar com mais cinco vereadores que não vão fazer nada, tem.”

A Câmara esclarece que ainda não está na pauta de discussão dos vereadores a votação do aumento no número de parlamentares. Os vereadores da cidade tem até outubro para tomar essa decisão.

“O caminho nunca é simples"

Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais, os candidatos e partidos começam a mobilizar-se para o lançamento das campanhas eleitorais. Neste momento, os futuros candidatos escolhem seus partidos e aproveitam o tempo para pensar nas propostas que futuramente irão fundamentar suas campanhas.
Como em toda eleição, veremos muitos rostos iguais e muitas propostas repetidas. Entretanto, esperamos também poder ver rostos novos, inovação e espírito de mudança, coragem e honestidade para dar um basta na atual situação política do país. Para uma nova política, é necessário que surjam novos políticos.
O SinergiaK conversou com o assessor parlamentar Renato Donizetti Violardi (foto), que é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) desde 2007, sobre as atuais circunstâncias políticas, a importância de entendê-las e cumprir nossos deveres cívicos. “O Brasil tem uma democracia ainda jovem. Muitos erros foram e são cometidos, tanto pela classe política, quanto pela própria sociedade, que, com o voto, elege esses mesmos políticos”, disse Renato. “O caminho nunca é simples ou fácil, mas depende de cada um de nós”, completa.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
SK - Nos tempos de hoje, onde a política não é bem vista pela sociedade, você acha que o papel do político, de contato entre a sociedade e o governo, tem se perdido?
RV - Não creio que esse contato esteja se perdendo, nem que haja um distanciamento da sociedade e governo. O que ocorre, acredito, é uma falta de interesse da sociedade em acompanhar o mandato do político. O canal entre governo e sociedade sempre existiu e permanece aberto. Com o avanço dos meios de comunicação, tornou-se mais fácil acompanhar uma notícia ou a atuação de um político pela internet, do que falar pessoalmente com esse mesmo político. Minha opinião é que passou a haver um certo desinteresse, um certo comodismo da sociedade em se engajar, mas quando ela, a sociedade, quer alguma coisa e se determina, se empenha, as coisas acontecem. A Lei da Ficha Limpa é um exemplo recente. O que precisamos é assumir a responsabilidade. Se queremos políticos melhores, se queremos um canal mais direto, aberto e próximo do governo, precisamos ter uma atitude diferente, uma atitude de maturidade que, infelizmente, não temos mostrado. O voto é o meio de darmos esse sinal, que será entendido pelos políticos, pelo governo e pelos estudiosos da política. O voto é o instrumento e a forma de mostrarmos satisfação ou não com o político ou o partido político, com o governo e com a oposição política ao governo. O voto deve ser estudado, ser comentado, discutido e deve ser responsável. O voto tem um valor muito alto, que não pode ser mensurado monetariamente. A sociedade é a grande, a maior responsável pela qualidade da política e os políticos que temos são o nosso retrato, imagem do interesse ou desinteresse da sociedade pela política. É a sociedade, através do voto, quem dá a legitimidade aos políticos e a dimensão do tamanho do contato entre a sociedade e o governo.
Hoje a maioria dos políticos está mais interessada nos status, dinheiro e autopromoção do que em realmente trabalhar pela sociedade? 
Não tenho qualquer dúvida que, hoje, a maioria - não todos, mas a maioria - acha que a política é uma profissão: bem remunerada, com muitos benefícios e vantagens, que podem se dar bem intermediando algumas obras ou contratos públicos. Isso faz parte da visão geral da sociedade sobre os políticos e é a linha mestra de conduta de alguns que se dizem políticos. A política não é profissão: é uma missão. A missão de levar esperança às pessoas. Muitos políticos trabalham pela sociedade em tempo integral. É uma minoria que, aos poucos, tem aumentado, mas continua sendo uma minoria. Creio que seja fundamental o envolvimento da sociedade, para que esses, que se dizem políticos, não façam mais parte da nossa política. 
O que acha de políticos que, como o Gilberto Kassab, criam novos partidos para fugir da punição de infidelidade partidária? Vê a atitude também como uma forma de mascarar a corrupção?
Kassab usou a própria lei para criar o PSD, ou refundar, como ele mesmo diz. Não creio que isso, a criação de um partido, tenha relação com corrupção. A criação de um partido esta cercada pela legalidade. Está na lei, está previsto no nosso Código Eleitoral e é acompanhado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Mesmo o político trocar de partido é legalmente permitido, se houver motivos que o levem a fazer isso.  Se vai ser ter legitimidade, somente quando chegar a próxima eleição é que vamos saber.
O que julga ser necessário para entrar - e sobreviver - no universo político sem se corromper?
Acredito que, além de valores morais e sociais sólidos, o acompanhamento do político pela sociedade seja fundamental para que o mesmo não se perca, não deixe seus objetivos. Nada de "os fins justificam os meios". A sociedade, não só os eleitores, tem que fazer um acompanhamento cerrado do político, pois a corrupção pode chegar a qualquer momento e de diversas formas. 
Em cidades pequenas, onde a política ainda se estende dentro de um sistema de coronelismo, realmente existe a oposição?
De fato, não. A oposição política deve ser entendida como modo diferente de pensar as políticas públicas, o oposto daquilo que é aplicado. Ser de partido político diferente, ou adversário político de quem está no poder, não pode ser confundido como ser de oposição. A oposição existe pelo fato de que, em todas as cidades, existem pensamentos opostos. Colocar-se como sendo de oposição à administração pública de uma cidade pequena pode fechar portas que beneficiem o vereador que usa de expedientes para algum benefício pessoal, como agilizar a marcação de uma consulta médica, um exame, a troca de lâmpadas em alguma rua. Cumprir o seu papel de fiscalizador das contas públicas ou apresentar um projeto de lei pode ser entendido como um gesto oposicionista, o que não é verdade.
O que se tem, então, são frentes que defendem uma briga ou disputa política meramente superficial, como um show ao publico?
Sem dúvida alguma. E, o que é pior, uma grande parcela da sociedade gosta desse tipo de "faz-de-conta". Questões relevantes, como a Lei Orçamentária Anual, Audiências Públicas, reuniões das Comissões Permanentes dentro de uma Câmara Municipal, Assembléia Legislativa ou do Congresso Nacional, que são os canais diretos de participação, tanto da sociedade quanto dos políticos engajados, não são acompanhados pela maioria. O mandato do parlamentar não é acompanhado pelos seus eleitores ou pela sociedade e, às vezes, para aparecer mais, normalmente próximo às eleições, uma parte dos políticos preferem criar situações que os deixe em evidência. Essa situação não traz profundidade a qualquer tema ou questão relevante. Credito uma parcela dessa situação à própria sociedade, que por vezes prefere ser enganada para tirar o peso de sua responsabilidade por ter ajudado a eleger esse tipo de político.
O que não podemos é fugir da discussão sobre o nosso papel, o papel de toda uma sociedade e de todos nós, enquanto indivíduos, agentes das transformações.
Se, ao elegermos um personagem, como o Deputado Federal Tiririca, queremos protestar, devemos entender a dimensão que essa atitude pode representar no funcionamento do Congresso Nacional. O voto de protesto é inútil e perigoso. Uma irresponsabilidade que talvez ainda não compreendemos.
As transformações pelas quais passam a sociedade, refletem diretamente na qualidade da política e o inverso, também é verdadeiro.
Penso que a omissão, o "deixar para lá", é a concordância com a prática dos nossos políticos. O voto é, se não o único, o instrumento mais precioso e claro para dizermos "não" ao que está errado.
Quando nos damos conta do tamanho de transformação que o voto representa, passamos a questionar e exigir dos nossos representantes, uma atitude, uma posição, sem receio de criticar, ou de sugerir, debatendo os problemas e encontrando juntos, as soluções.
Já houve muitos avanços, nesse sentido. Hoje se tornou muito mais fácil qualquer pessoa fiscalizar o poder público, com a Lei da Transparência dos Gastos Públicos, com a Lei de Responsabilidade Fiscal e, atualmente em discussão no Congresso Nacional, a Lei de Responsabilidade Eleitoral. As Organizações Não Governamentais de acompanhamento político, como o Movimento Voto Consciente, Transparência Brasil e AMARRIBO, entre outras, tem desempenhado um papel fundamental na ajuda de criar uma consciência de cidadania. mostrando que todos nós temos direitos e responsabilidades. Enfim, o caminho nunca é simples ou fácil, mas depende de cada um de nós."
Renato Violardi é dono do blog "Cabreúva em Foco - A verdade com coragem".

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Resultado promoção Nat Geo!


Parabéns à aluna Letícia, do primeiro semestre de Rádio e TV! Ela ganhou a revista National Geographic, edição de colecionador, com as 100 melhores fotos, participando da primeira foto-promoção do Sinergia!
 
Obrigada a todos os participantes!

O que você acha disso?


O SinergiaK quer saber sua opinião!
Comente! Debata! Politize-se!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Oito radares são instalados nas avenidas de Itupeva

A prefeitura de Itupeva instalou oito radares pelas avenidas do município, com a intenção de prevenir acidentes de trânsito. Seis dos oitos radares são de controle de velocidade e os outros dois são de semáforos.
Antes de entrarem em funcionamento, os radares foram testados pelo Inmetro. Vale lembrar que as velocidades máximas permitidas estão entre 20 e 60 km/h, de acordo com as normas do Código Nacional de Trânsito.
André Alcalcá, 29 anos, publicitário e morador de cidade de Itupeva há 13 anos, considera os radares “uma fábrica de dinheiro que não teve estudo viabilizado e nem consulta popular", mas sabe que são "necessários devido ao abuso da velocidade.”
Outros moradores também não gostaram dos radares. Acham que não são eles que vão mudar o quadro de acidentes de trânsito, já que muitos motoristas só reduzem a velocidade poucos metros antes de serem fotografados. Sendo assim, ocorre uma probabilidade de risco de acidentes por causa das freadas em cima da hora.

Parlamentares não podem ser denunciados na Polícia

Em 25 de abril, o senador Roberto Requião se excedeu ao arrancar o gravador da mão do repórter Victor Boyadjian.
O repórter fez uma pergunta que pelo jeito não o agradou muito : pergunto ao senador, que é ex-governador do Paraná, se ele abriria mão da aposentadoria. Como resposta, recebeu uma ameaça. Ele  arrancou o gravador da mão do jornalista e apagou o conteúdo antes de devolver.
Acredito que o senador Roberto Requião deixou claro que não abriria mão da aposentadoria, mas não poderia simplesmente responder sem ameaças físicas. O pior da historia, no entanto, é que o jornalista tentou registrar queixa na Polícia do Senado, mas teve o pedido recusado. Parlamentares não podem ser denunciados na Polícia. Que mundo é esse em que vivemos? Só pelo fato dele ser um parlamentar ele não pode responder pelos seus atos de acordo com a lei? A única maneira de denunciar o senador é pela corregedoria, mas desde a morte de Romeu Tuma o Senado não tem um corregedor.
O senador pegou o gravador e saiu resmungando, dizendo que queria bater no ‘moleque’. Perguntou ainda se ele queria apanhar.  “Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa, vou deletá-lo.” disse Roberto Requião.
O engraçado é que todos os cidadãos no Brasil e no mundo, pode ser atuado pelo crime de ameaça ,menos um parlamentar. Acredito que isso vai contra a própria lei, porque o crime vem descrito no art. 147 do Codigo Penal Brasileiro: "a pena cominada ao crime é de detenção de um a seis meses, ou multa."
Porque um parlamentar não pode cumprir essa pena? O mundo não luta por igualdade social? Por que não começar por aí? Ele é melhor que qualquer outro cidadão para não poder ir a uma delegacia prestar esclarecimento? Foi uma ameaça publica, alguma coisa devia ter sido feita!
Para todas as perguntas, nenhuma resposta.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Promoção "Revista 100 melhores fotos da Nat Geo"


Segundo informamos nos corredores da FCA (Faculdade de Comunicação e Artes), aqui está o post em que você terá de fazer o melhor comentário para ganhar essa maravilhosa revista edição de colecionador da National Geographic. Responda a pergunta: "Por que eu quero ganhar a revista da National Geographic?" nos comentários deste post para concorrer.

Vale lembrar que quem está concorrendo são os alunos da FCA que tiraram as fotos na terça-feira. As fotos, você pode conferir no facebook do SinergiaK.


Boa sorte!

Equipe SinergiaK.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Bafômetro

Já é algo normal se deparar com notícias de pessoas que sofrem acidentes ou foram presas por estarem alcoolizadas no trânsito. Infelizmente, no interior de São Paulo, a famosa (e polêmica) Lei Seca, não tem sido colocada em prática. O motivo é simples: a falta de bafômetros para o uso das corporações policiais.
As prefeituras não investem o suficiente em produtos para o trabalho da polícia. Atualmente, cada cidade do interior tem em média de 0 à 3 bafômetros em suas corporações, o que dificulta o trabalho e a prevenção dos acidentes. Cada vez mais pessoas tentam burlar o teste nas blitz policiais, utilizando balas de menta, cebolas e até alho, o que resulta em cenas cômicas que aparecem diariamente na tv e internet.
Segundo a polícia, na abordagem de uma pessoa visivelmente alcoolizada no trânsito, é necessário que o motorista seja levado à delegacia junto com o carro apreendido para decisão do delegado local. Quando há mais pessoas junto com o motorista, elas também deverão comparecer à delegacia, só que se estiverem sóbrios, não terão o carro apreendido. E é isso que as polícias e guardas municipais tem feito sem o bafômetro para realizar os testes. Por outro lado, há quem se recuse a fazer o teste quando se é abordado. Do mesmo modo, a pessoa deverá comparecer à delegacia para averiguação do delegado.

Prefeitura de Itupeva tem projetos rejeitados pela Câmara

No dia 5 de abril ocorreu a Sessão Ordinária que foi marcada devido a rejeição de quatro projetos de lei de autoria do Executivo.
Os projetos de Leis Complementares que foram rejeitados pelos vereadores envolvem a prestação do serviço de abastecimento de água e rede de esgoto, dispõe sobre a criação da Agência Regulamentadora do Saneamento de Itupeva, sobre a obrigatoriedade de construção de reservatórios para as águas coletadas por coberturas e pavimentos e, por fim, o projeto  que autoriza o Poder Executivo a licitar e contratar a concessão integral dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário da cidade.
Os projetos foram rejeitados porque,para a maioria dos vereadores, criariam dificuldades para a população, principalmente o projeto que obriga a população a construir reservatórios em suas propriedades para a captação de água da chuva, pois este procedimento não é obrigação do proprietário do imóvel, mas sim do Poder Público.
Para o vereador Carlinhos do Gás “a rejeição e aprovação desses projetos demonstra o sério  compromisso da Câmara dos Vereadores com a população itupevense.”

Passe escolar, para que?

Desde o dia 06 de abril, os estudantes da cidade de Itu não podem mais contar com os passes escolares que lhes era concedido, por um convênio entre os governos estadual e municipal.
Cerca de 1,2 mil estudantes deixaram de receber o auxilio, que é direito do aluno e dever do Estado. Em entrevista ao jornal Folha da Cidade, Marilda Cortijo, secretária de Educação da cidade, disse que, dos passes cancelados, 500 não fizeram o cadastro obrigatório, que é de responsabilidade exclusiva dos alunos e seus responsáveis. Dos 700 restantes, 300 casos já foram solucionados na última semana.
Mas ainda restam 400 casos de cancelamento sem explicação. Segundo a Diretoria Regional de Ensino, em reunião com os vereadores no dia 25 de abril, data em que a autorização das crianças de circular com os ônibus terminou, as passagens foram bloqueadas pois 80 alunos que não tem direito ao beneficio estavam na lista. O Estado mandou desbloquear os 1,2 mil passes, mas a prefeitura não desbloqueou.
Segundo o vereador Adauto Gonçales, em seu perfil do Facebook, os passes foram cancelados pelo fato de, na lista enviada pela prefeitura ao Estado, constarem nomes de crianças “fantasmas”, que não estão matriculadas em escolas ou que não recebiam o passe escolar.  E completou: "Para quem iria esse dinheiro?? Vou denunciar ao Ministério Público. Isso é revoltante!!"
Enquanto nada é resolvido, as crianças continuam sem passes e sem respostas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PEC do diploma de Jornalismo

Em 17 de junho de 2009 o Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o Decreto-Lei de 1969 que dispunha sobre a obrigatoriedade do diploma para se exercer a profissão de jornalista no Brasil, sob a afirmação de ser inconstitucional uma profissão com exercício amplo da liberdade de expressã exigir diploma.

Dia 1º de julho de 2009, com 50 assinaturas, 23 a mais que o necessário, foi aceita e protocolada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 033/09, que dispõe sobre a volta da obrigatoriedade do diploma no exercício da profissão de jornalista. 

Em abril deste ano, foi divulgado que a PEC voltou para votação no Senado, que aconteceria na semana em que se comemora o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, 3 de maio. Segundo informações, 68 senadores são a favor da PEC e apenas 6 contra.

Segundo Caroline Rizzi, jornalista da Folha da Cidade, de Itu, a obrigatoriedade do diploma é importante para que não ocorra mais desvalorização do jornalista. “Um diploma não traz apenas qualificação, mas maturidade, o que eu, particularmente, avalio como a maior virtude de um jornalista. É daí que vem a percepção para a ética, para o olhar da sociedade e, enfim, para a abordagem.”, completa. Grecia Baffa, estudante de jornalismo considera que  "não ter um diploma é deixar a porta aberta para qualquer um entrar, seja ele bom ou mau profissional.”