O presidente americano Barack Obama veio para o Brasil para um encontro de negócios, para falar, principalmente, sobre o nosso petróleo.
Não há dúvidas que a chegada de Barack Obama ao Brasil iria causar furor na imprensa e na população. Especulações de pautas, visitas e negócios são os assuntos mais comentados. Além do mais, há a questão do pré-sal que, com certeza, após a crise no Oriente Médio, os EUA estão interessados em negociar. Crê-se que o Eximbank dos Estados Unidos concederá US$ 1 bilhão de dólares em financiamentos para projetos ligados ao pré-sal.
Logo na chegada do presidente americano, fora anunciado que as Forças Armadas dos Estados Unidos agiriam na Líbia. Após a apresentação, discurso e o almoço com empresários, Obama divulgou: "Hoje eu autorizei as forças armadas dos Estados Unidos a começarem uma ação militar limitada na Líbia, em apoio ao esforço internacional para proteger civis líbios. Esta ação já começou. Neste esforço, os EUA estão agindo com uma ampla coalizão que está comprometida com a resolução do Conselho de Segurança da ONU.”
No almoço com os empresários e líderes políticos no Palácio do Itamaraty, Barack Obama disse: "Muitos dizem que o Brasil é o país do futuro. Então, o futuro chegou" e em seguida, citou o crescimento do país com os governos anteriores, como o de Fernando Henrique Cardoso, que se encontrava no local no momento em que o presidente discursou.
No Rio de Janeiro, em seu pronunciamento no Theatro Municipal, Obama arriscou no português, agradeceu quem estava presente na ocasião, brincando, pois havia o jogo entre Vasco x Botafogo no mesmo dia e disse: “Eu sei que os brasileiros não abrem mão de seu futebol tão facilmente.” Em seguida, elogiou a beleza do Brasil e citou Jorge Benjor: “Vocês são, como cantor Jorge Benjor diz, ‘um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza'.”
Politicamente, o presidente americano deseja fortalecer a amizade entre os países. Citou as coincidências entre as nações e fatos de superação do povo brasileiro: “No Brasil vocês lutaram contra duas décadas de ditadura , lutando pelo mesmo direito de ser ouvidos, o direito de ser livres, livres do medo, livres da necessidade. E mesmo assim, durante anos, a democracia e o desenvolvimento demoraram a se estabelecer e milhões sofreram por causa disso. Mas venho aqui hoje porque esses dias passaram. Hoje o Brasil é uma democracia desabrochando, um lugar onde as pessoas são livres para falar o que pensam e escolher seus líderes e onde um garoto pobre de Pernambuco pode sair de uma fábrica de cobre e chegar ao gabinete mais elevado no país. Na última década, o progresso feito pelo povo brasileiro inspirou o mundo.”
No mesmo discurso, Obama citou a situação crítica do Japão, que sofre com os terremotos e tsunamis. Em seguida, apoiou a população da Líbia dizendo que a revolução nasceu de um anseio por dignidade humana básica, na Tunísia, e que manifestantes políticos, homens e mulheres, jovens e velhos, cristãos e mulçumanos, ocuparam a praça Tahir para defender seus ideais. “Vimos o povo da Líbia se defendendo corajosamente contra um regime determinado a tratar com brutalidade seus próprios cidadãos. Em toda parte, vimos jovens se erguendo. Uma nova geração exigindo o direito de determinar seu próprio futuro.”
Assim como Dilma, Obama fez um discurso totalmente voltado aos Direitos Humanos, tema que a presidente sugeriu via representante em reunião da ONU.
Dilma, durante pronunciamento em Brasília, afirmou que há oportunidade para os EUA no pré-sal. Foram criados acordos entre os dois países, um deles sobre bicombustíveis, prevendo parcerias para o desenvolvimento na área, outro acordo seria facilitar a entrada de brasileiros em universidades americanas a partir de bolsas de estudos. Esse acordo teria como principal objetivo "aprofundar a cooperação entre acadêmicos e cientistas brasileiros e americanos".
Mesmo sem a visita de Obama à Cinelândia, o presidente visitou a Cidade de Deus, comunidade que já fora mostrada em filme reconhecido mundialmente. A aparição de Barack nas ruas não durou mais do que 20 minutos, mas fez a alegria da população. Assistiu apresentações de capoeira e, depois, arriscou embaixadinhas, mas não mostrou nenhuma intimidade com a bola.
Mesmo com manifestações populares, a visita do presidente americano parou o país e alegrou muitos cidadãos que têm a esperança de mais união entre os países amigos para a solução de problemas em ambos os lados.
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