Perigosa e mal paga

Infelizmente, a profissão mais perigosa não é a melhor remunerada. Temos como exemplo as guardas municipais e polícias civis, que lidam com o perigo dia após dia nas ruas e ainda não recebem um salário que condiz com isso. Mesmo com o suposto reajuste salarial da Guarda Civil Metropolitana que ocorreu no início deste ano com o aumento de 9,88%, o salário mais alto ficou em R$ 2.533,15 e o menor em R$ 587,53. Já em Alagoas, policiais militares querem o piso salarial de R$ 2.800 já que em outros estados do Nordeste, o salário base dos policiais é bem mais alto, por exemplo: Em Sergipe, um soldado tem o salário de R$ 3.012,75 e um coronel, a patente mais alta, recebe R$ 12.401,62 por mês. “Nenhum valor será condizente pois a criminalidade na maior cidade do país atinge índices alarmantes pois mesmo com um salário razoável as várias forças policiais sempre estarão um passo atrás da criminalidade tanto no que se refere a pessoal e a logística pois a polícia possui armamentos mas, sempre inferior ao que o crime organizado possui. Sendo assim, ficando à mercê de facções e de bandidos altamente perigosos.” Disse o Sub-inspetor Carlos, explicando a força e o poder que os criminosos tem atualmente e o baixo investimento que o governo faz nas corporações policiais. Quando perguntado sobre a própria corporação em que serve, Carlos disse: “Com relação à Guarda Civil Municipal de Tatuí, hoje ela é razoavelmente bem remunerada, pois em outros tempos a situação era precária, mas com a atual administração que olha com muito apreço o serviço da GCM dá condições para que os seus integrantes tenham um razoável conforto.” “Mas não há nenhum valor mesmo que no município de Tatuí ou quaisquer município da federação valores que valham a vida de pais de família que integram qualquer força policial. Devido a alta criminalidade os policiais saem de suas casas deixando esposa e filhos, mesmo sem saber se retornam apenas pelo amor à profissão pois se fossem pensar em valores, nenhum policial teria escolhido essa carreira. ” Disse o Sub-Inspetor da GCM de Tatuí, que no começo desse ano recebeu um aumento depois de anos de trabalho e salário baixo. Agora, os guardas da cidade fazem cursos táticos e testes para maior desenvolvimento na área. A verdade é que, assim como o Sub-Inspetor citou, dinheiro nenhum no mundo vai pagar a vida desses policiais que correm nas ocorrências, mas que, o salário deve no mínimo os oferecer estabilidade e conforto, sem contar que também, deve-se ser oferecido à eles, condições de trabalho mais dignas do que as atuais.