É comum ouvir os professores que dão aula em escolas do estado reclamarem dos seus salários, da falta de estrutura das escolas e outros problemas frequentes.
Referente ao salário dos educadores, Darci de F. Marcello, professora de português e inglês, acha que os professores não são bem remunerados porque o próprio sistema não os valoriza, a categoria é muito desunida e tem um sindicato sem voz ativa. Já Marcelo Rodrigo G. de Oliveira, 29 anos formado em Licenciatura Plena em Geografia, pensa diferente: “Acredito que pela realidade vivenciada em meu país, ganho relativamente bem. Por outro lado, acredito que pela responsabilidade que temos ao educar crianças e adolescentes seria possível um reconhecimento profissional melhor, desta forma, ajustes salariais e melhor estrutura de trabalho seriam bem vindos.”
Na opinião dos professores, a estrutura escolar em escolas públicas deixa muito a desejar, pois além de não terem objetos de trabalho que são fundamentais em algumas aulas, as salas de aula são abarrotadas de alunos, sendo que a maioria deles não demonstra interesse em aprender qualquer matéria.
A violência em entre alunos e professores nas escolas públicas é um tema muito abordado ultimamente. A professora Darci foi bem clara expondo a sua opinião: “Creio que a agressividade e a irresponsabilidade da juventude atual sejam resultado da nova estrutura de família e esse episódio não ocorre só na escola pública”. O professor Marcelo considera que hoje em dia é arriscado dar aula em escolas estaduais: “Acompanhando os acontecimentos em diversas cidades brasileiras, bem como os diversos problemas ocorridos em nossa cidade, existe um temor que envolve todo o corpo docente da rede estadual de ensino com a segurança de todos os profissionais da rede pública. Portanto, atualmente posso dizer que nós, professores, trabalhamos com receio quanto a nossa segurança na escola e fora dela.”
Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com dados de setembro de 2009, mostra que há professores que, mesmo com diploma de ensino superior, ganham pouco mais de um salário mínimo.
No Ceará, Estado com uma das remunerações mais baixas do país, docentes em início de carreira ganham, em média, R$ 627,08 por mês. Incluindo todas as gratificações, os salários dos cearenses não ultrapassam R$ 739,29 quando começam a dar aulas. O valor é quatro vezes menor do que recebem os professores iniciantes no Distrito Federal.
No Amazonas, os docentes recebem pouco mais que isso: R$ 841,32. De acordo com a pesquisa realizada pela CNTE, em Roraima, os iniciantes ganham apenas R$ 10,19 a mais que no Estado vizinho. Em todos esses casos, os profissionais que lecionam nas escolas amazonenses não recebem o piso salarial definido em lei para a categoria.
Os salários pagos aos professores são inferiores às remunerações de outros profissionais cujo papel é essencial para a sociedade. Médicos, advogados, engenheiros, contadores, policiais e caixas de banco ganham mais. Isso faz com que jovens universitários escolham outras carreiras, que possam lhes proporcionar maior rendimento e reconhecimento no mercado de trabalho. Dessa forma, surge um problema ainda maior ao Estado: a falta de profissionais, que é muito mais difícil de ser sanado do que a adaptação das condições trabalhistas e da remuneração.No Amazonas, os docentes recebem pouco mais que isso: R$ 841,32. De acordo com a pesquisa realizada pela CNTE, em Roraima, os iniciantes ganham apenas R$ 10,19 a mais que no Estado vizinho. Em todos esses casos, os profissionais que lecionam nas escolas amazonenses não recebem o piso salarial definido em lei para a categoria.
Um comentário:
Tudo atrapalha o trabalho do professor, desde má remuneração até as grandes mudanças ocorridas na estrutura familiar que transformou as escolas em grandes creches, nas quais os professores se equilibram entre o seu dever de ensinar e o que seria dever dos pais transmitir aos filhos (educação vem de berço sim! Aprender a usar 'por favor' e 'obrigado' é obrigação da família e esta vem se eximindo do seu papel). Além do mais, estamos vivendo em uma sociedade extremamente permissiva, em que estabeler limites à crianças e jovens muitas vezes é encarado como algo extremamente negativo. (não se pode traumatizar as crianças!). Muito difícil ser educador nos dias de hj...
Parabéns pelo blog, está super demais!!!
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