domingo, 27 de fevereiro de 2011

Brasil imparcial


Em meio à situação de revolta na Líbia e Egito, o Brasil mostra-se um tanto imparcial, mas desestimula viagens à região no momento, com medo dos atos de violência. O governo brasileiro deseja que tudo ocorra de forma pacífica, mas, pelo o que percebemos, isso já é impossível.

A Petrobrás afirmou que não aumentará o preço do petróleo com a situação no Oriente Médio. A mesma, fechou o ano com lucro de R$ 35 bilhões em 2010.

A diplomacia Brasileira terá a oportunidade de pronunciar-se sobre o assunto na segunda (28) em uma reunião da ONU em Genebra, onda uma mensagem de Dilma será exposta pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos. Nessa reunião, Hillary Clinton representará os Estados Unidos.

Agora, o governo brasileiro se preocupa com a evacuação de 130 brasileiros que trabalham na cidade da Líbia e de Benghazi, sendo que, 600 brasileiros residem na região segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Espera-se que as opiniões permaneçam e que a ONU tome a decisão correta, pois, o massacre, as torturas e os protestos que estão acontecendo são injustos com um povo que apenas quer a liberdade, sentimento que eles não têm há mais de 30 anos.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sarney é reeleito pela 4ª vez no Senado

No dia 28 de janeiro, José Sarney (PMDB) afirmou que disputaria a eleição para o quarto mandato como presidente do Senado, mas não demonstrou empolgação. “Para mim, é um sacrifício que estou fazendo e espero que cada vez mais eu possa ajudar o Senado, o país e a presidência da Casa”, disse em entrevista.

Em 2009, no seu 3º mandato, Sarney enfrentou uma série de denúncias de favorecimento de aliados políticos, parentes e até suspeitas de desvio de recursos públicos na fundação que leva seu nome, mas se manteve no cargo com o respaldo político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No dia 1º de fevereiro, Sarney derrotou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) por setenta votos a oito. Dois senadores votaram em branco e um votou nulo.

No seu discurso de posse, o senador falou sobre o “sacrifício”: Só o amor público me afasta do meu bem-estar pessoal”, disse.

Sarney prometeu que, com a reeleição, vai trabalhar pela aprovação da reforma política e terá como prioridade votar projetos relacionados à prevenção de catástrofes climáticas. Afinal, segundo ele “se não se faz no primeiro ano de cada legislatura, não se faz mais”.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Liberdade contagiante


O levante popular que rendeu a renúncia do antigo presidente do Egito serve agora como exemplo para outros países descontentes com seus governantes. O povo percebe que tem motivos para lutar. Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Sudão, Líbia e Omã já estão promovendo protestos.

Após 30 anos de ditadura, o Egito se vê livre de Mubarak desde o dia 11 de fevereiro, mas mesmo após sua renúncia o povo ainda é reprimido, dessa vez pelo exército. A ONU estima que, até agora, 300 pessoas ficaram feridas desde o início da revolta, inclusive jornalistas, que foram intimidados e violentados.

A Líbia, em protesto também, já anunciou 640 mortes durante a mobilização, segundo a Internacional pelos Direitos Humanos, mais que o dobro dos 300 mortos confirmados pelo governo. O protesto, por enquanto, é pacífico, mas a Força de Segurança da Líbia disparara diretamente contra a multidão, que quer a saída de Muammar al-Gaddafi, apesar de sua recente proposta de dobrar o salário do funcionalismo e soltar 110 militantes oposicionistas que foram presos. Manifestantes favoráveis a Gaddafi foram as ruas protestar contra os oposicionistas em uma revolução bilateral.

Em Bahrein, uma multidão compareceu ao funeral de xiitas mortos na manifestação que ocorreu na capital, Manama. O fato marcante dessa reunião popular foi que, no meio de toda essa revolta, foram ouvidas as frases: "Nem xiitas, nem sunitas. Unidade nacional!" e "Sunitas e xiitas são irmãos." Nessa revolta, foram 4 mortos e 231 feridos, segundo as autoridades.

Com isso, percebemos que é necessário que um se levante e mostre aos outros a esperança. Antes, não havia quem tomasse iniciativa, mas, agora, muitos criam coragem e força para lutar por algo que já deveria existir: liberdade.

Sarney está de volta

Há algumas semanas fomos surpreendidos, ou não, com a reeleição de José Sarney ao cargo de presidente do senado. O Senado Federal, juntamente com a Câmara dos Deputados, compõe o Congresso Nacional, que é o Poder Legislativo do Brasil. O Poder Legislativo tem como atribuições, além de outras, criar, votar e colocar em pratica projetos de lei.

José Sarney está em seu quarto mandato como presidente do Senado Federal, mas garante que esse será o ultimo, mas será que podemos confiar mais dois anos em alguém que, no passado, foi flagrado utilizando dinheiro público para bem próprio, deixando quem realmente precisa desamparado, e que continua circulando pelo Congresso com tom de cinismo e hipocrisia, sabendo que a impunidade reina na região central do Brasil?

Dessa vez, pudemos perceber que os veículos da grande mídia nacional tentaram dar uma amenizada na reeleição de Sarney. No entanto, com o avanço das mídias alternativas, como o Twitter, e o Facebook, esses assuntos não estão caindo no esquecimento. As redes sociais têm ajudado a população a se informar sobre o que está acontecendo no Congresso a cobrar mais de seus governantes.

Cada vez mais o Brasil tem se conscientizado de que quem realmente tem o poder é o povo e que, se nós escolhemos, a responsabilidade é nossa.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Meias verdades

Não basta saber. Na política, é necessário entender o que está acontecendo. Políticos mal intencionados podem, com algumas palavras, distorcer a realidade em seu benefício e fazer-nos acreditar no que dizem. Algumas vezes, principalmente em época de campanha, isso acontece e cabe a nós estarmos preparados para não sermos enganados.

O texto abaixo foi escrito por Reinaldo Azevedo, colunista da Veja, e mostra como um discurso, se não for acompanhado por uma pesquisa e um imenso interesse, pode confundir o eleitor, fazendo-o acreditar numa meia verdade.

O discurso de Dilma, a tungada os números da educação
Por Reinaldo Azevedo

Ai, ai… Vamos lá. Se não eu e mais uns dois ou três, então quem, né? Não, eu não me incomodo de ser um dos súditos chatos da rainha. “Você é bobo da corte”, diz um petrralha. Tudo bem! O bobo era o único que tinha licença para dizer certas coisas ao rei, né? De vez em quando o soberano se chateava e mandava açoitá-lo. Como Dona Dilma Primeira não pode fazer isso ainda…

A íntegra do pronunciamento dela está aqui aqui. Não foge àquela linguagem grandiloqüente típica dos auto-elogios de governos. De relevante, já notei no post anterior, há o seqüestro de uma proposta do programa de governo do tucano José Serra. Não é a primeira vez.

Durante a campanha, o PT tentou investir na confusão, afirmando que Serra estaria querendo acabar com o ProUni, substituindo-o pelo Protec. Era, obviamente, uma mentira. Mas o PT não tem problema com isso: 31 anos de experiência! Dilma também tungou o tal Plano de Prevenção de Catástrofes. Quando seu adversário tocou no assunto, ela respondeu que o PAC 2 daria conta de tudo. Aí veio a “Tragédia das Pedras”, como diria aquela vidente…

Demonstrando que a loba pode mudar de marketing, mas não de vício, Dilma referiu-se  negativamente à progressão continuada, o que foi entendido como uma referência a São Paulo. É mesmo? Leiam:
“É hora de investir ainda mais na formação e remuneração de professores, de ampliar o número de creches e pré-escolas em todo o país, de criar condições de estudo e permanência na escola para superar a evasão e a repetência e muito especialmente acabar com essa trágica ilusão de ver aluno passar de ano sem aprender quase nada.”

Eu sou contra o método, já escrevi umas 500 vezes. Os motivos são muitos, mas não vou me estender neste texto a respeito. Só que quem introduziu a prática no Brasil foi o mitológico Paulo Freire, petista, quando secretário de Educação da cidade de São Paulo. Os petistas levaram o modelo para Belo Horizonte, Porto Alegre, Guarulhos, entre outras cidades. Aloizio Mercadante tentou transformar a questão numa cavalo de batalha. Não deu.

Mas atenção para o mais interessante. Existe um exame que mede o desempenho dos alunos e estabelece metas: Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb). Em que posição está São Paulo? Vejam.

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
Nota de São Paulo - 5,5
Nota do Brasil - 4,6
Meta nacional - 4,2
Colocação de São Paulo - 2º lugar; só perde para Minas, que obteve 5,6

Notas anteriores:
2005 - 4,7
2007 - 5,0

SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Nota de São Paulo - 4,5
Nota do Brasil - 4,0
Meta nacional - 3,7
Colocação de São Paulo - 1º lugar

Notas anteriores
2005 - 4,2
2007 - 4,3

ENSINO MÉDIO
Nota de São Paulo - 3,9
Nota do Brasil - 3,6
Meta nacional - 3,5
Colocação de São Paulo - 3º lugar - perde para PR (4,2) e SC (4,1) e empata com RS

Notas anteriores
2007 - 3,6
2009 - 3,9

Para encerrarEm 2009, o PT administrava cinco estados - Acre, Piauí, Pará, Bahia e Sergipe. Sabem quantos deles conseguiram atingir a meta estabelecida pelo Ideb? Um só: o Acre.
Em matéria de educação, os petistas podem aprender muito com São Paulo… E olhem que eu sou contra a progressão continuada…

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Google lança Twitter falado para ajudar egípcios

A comunicação, além de ser um ingrediente primordial para o desenvolvimento de uma sociedade, é uma necessidade incontestável do ser humano. Desde a pré história o homem se comunica, seja através de gestos, desenhos, palavras ou letras. Com o desenvolvimento da tecnologia, no entanto, trocar mensagens se tornou cada vez mais fácil e rápido e, hoje, os pombos correio são os twittes e as hashtags."Seres humanos têm a necessidade básica de se comunicar, então se você impedir a comunicação de uma maneira, eles acharão outra", disse o analista político americano Mark Curtis. 

No quarto dia de protesto, 28 de janeiro, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, mandou suspender os serviços de internet no país, numa tentativa de aplacar o crescimento da oposição, que utilizava, basicamente, as redes sociais, como o Twitter e o Facebook, para divulgar seus ideais.

A decisão foi justificada como um meio de evitar de novos protestos, que têm se tornado cada vez mais difíceis de controlar, mas os egípcios viram a suspensão da internet como um motivo a mais para fortalecerem a revolta.

Dada a necessidade de se comunicarem, os manifestantes prosseguiram com os protestos, dessa vez utilizando meios antigos de comunicação, com os quais o presidente não se preocupou, como máquinas de fax, aparelhos de rádio amador, modens discados e, num golpe contra a censura da internet e, em especial, das redes sociais, os manifestantes estão mandando muitas mensagens a partir do "Twitter falado".

O serviço, lançado pelo Google em parceria com o microblog e sua nova aquisição, a SayNow, especializada em plataformas de voz na interet, anunciou no mesmo dia a criação de uma forma de acesso ao Twitter pelo telefone. "Como muitos, temos acompanhado atentamente as notícias do Egito e pensamos no que poderíamos fazer para ajudar as pessoas no local", afirmaram o diretor de produtos da Google Abdel-Karim Mardini e o co-fundador da SayNow.

As mensagens de voz são deixadas por telefone são convertidas instantaneamente em mensagens de texto e disponibilizadas no Twitter com a hashtag #egypt. As mensagens poderão ser ouvidas com ligações para os mesmos números ou no endereço twitter.com/speak2tweet.

O Egito ficou totalmente sem internet por cinco dias, sem resultados pró-Mubarak.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sarney é reeleito Presidente do Senado

"E o 'consciente' povo brasileiro fala do Mubarak como se não tivesse um Sarney pendurado na sua jugular há umas quatro décadas."
(@mvsmotta)

"Desculpe, mas acordei com vontade de gritar bem alto: #forasarney!"
(@rodrigovesgo)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), 80 anos, foi reeleito nesta terça-feira (1) e vai comandar a Casa pela quarta vez. Todos os 81 senadores votaram, 70 no Sarney, 8 em Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), dois em branco e um nulo.

Sarney , que será presidente no biênio 2011-2013, como foi em 1995-1997, 2003-2005 e 2009-2011, afirmou que todas as denúncias de irregularidades registradas durante sua gestão anterior “foram corrigidas”. Ele disse ainda que está preparado para lidar com “uma imprensa que sempre é questionadora”. Sarney afirmou, ainda,  estar comprometido com valores éticos. “Vamos seguir na preservação dos valores éticos e morais que nós devemos ter na vida pública”, afirmou.
Assim que deixou o plenário do Senado, Sarney afirmou que a reforma política é a mais importante entre todas as reformas. “Vou iniciar o debate [da reforma política] junto aos líderes dos partidos de modo que se possa encontrar uma solução rápida”, disse ele em entrevista após ser reeleito. “Vamos prosseguir na votação das reformas. A mais importante de todas é a reforma política, que todo o país espera”. Segundo ele, a reforma política “vai melhorar, sem dúvida, o desempenho da classe política no Brasil”.

Sarney disse que reassume com um “gosto de despedida”. “Sem dúvida, é o meu último mandato, não concorrerei mais”, afirmou, em referência à possibilidade de voltar a presidir o Senado após o atual mandato.

Sarney também disse que o Senado iniciará debate em torno da reforma tributária. Entretanto, afirmou que a reforma política tem hoje mais chances de ser aprovada do que a reforma tributária. “Ela [reforma tributária] é mais técnica e não tem a motivação que temos hoje com a reforma política”, afirmou.