O levante popular que rendeu a renúncia do antigo presidente do Egito serve agora como exemplo para outros países descontentes com seus governantes. O povo percebe que tem motivos para lutar. Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Sudão, Líbia e Omã já estão promovendo protestos.
Após 30 anos de ditadura, o Egito se vê livre de Mubarak desde o dia 11 de fevereiro, mas mesmo após sua renúncia o povo ainda é reprimido, dessa vez pelo exército. A ONU estima que, até agora, 300 pessoas ficaram feridas desde o início da revolta, inclusive jornalistas, que foram intimidados e violentados.
A Líbia, em protesto também, já anunciou 640 mortes durante a mobilização, segundo a Internacional pelos Direitos Humanos, mais que o dobro dos 300 mortos confirmados pelo governo. O protesto, por enquanto, é pacífico, mas a Força de Segurança da Líbia disparara diretamente contra a multidão, que quer a saída de Muammar al-Gaddafi, apesar de sua recente proposta de dobrar o salário do funcionalismo e soltar 110 militantes oposicionistas que foram presos. Manifestantes favoráveis a Gaddafi foram as ruas protestar contra os oposicionistas em uma revolução bilateral.
Em Bahrein, uma multidão compareceu ao funeral de xiitas mortos na manifestação que ocorreu na capital, Manama. O fato marcante dessa reunião popular foi que, no meio de toda essa revolta, foram ouvidas as frases: "Nem xiitas, nem sunitas. Unidade nacional!" e "Sunitas e xiitas são irmãos." Nessa revolta, foram 4 mortos e 231 feridos, segundo as autoridades.
Com isso, percebemos que é necessário que um se levante e mostre aos outros a esperança. Antes, não havia quem tomasse iniciativa, mas, agora, muitos criam coragem e força para lutar por algo que já deveria existir: liberdade.
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