Quando Roger Moreira, vocalista do grupo Ultraje a Rigor, escreveu a música Inútil na década de 1980, parecia até que ele estava vivendo nos dias de hoje. Inútil era um grito de repúdio e crítica ao sistema político da época. Com a frase: “A gente não sabemos escolher presidente”, a música se encaixa certinho nos dias atuais. O povo não consegue analisar propostas e nem avaliar o que o país precisa num contexto geral para se viver melhor.
Esta eleição certamente ficará marcada por ter sido umas das campanhas que mais sofreu influência de diversos setores da sociedade. A mídia, ou uma boa parte dela, que deveria ser imparcial, claramente escolheu seus candidatos. Exemplo, a revista Veja defendeu a campanha do Serra e a revista Isto É se posicionou do lado de Dilma. As igrejas que em todas as eleições se mostravam neutras, nessa confundiram ainda mais a cabeça dos eleitores. Tanto as doutrinas católicas quanto as evangélicas se envolveram nessa campanha defendendo temas que são verdadeiros tabus na sociedade.
A liberação do aborto e a liberação do casamento homossexual são temas polêmicos a serem discutidos. São temas que toda a sociedade deverá debater, mas que não podem ser predominantes em uma campanha política. A educação, saúde, segurança, trabalho, problemas sociais como distribuição de rendas saneamento básicos etc., são alguns temas que deveriam ser prioridades nos planos de governo dos candidatos, mas que perdem espaço para os boatos e trocas de insultos entre os presidenciáveis.
O povo, perdido em meio a este tiroteio, influenciados por mídias, padres e pastores, votam nas imagens que lhe são passadas. Por estes e vários outro fatores, "a gente não sabemos escolher presidentes."
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